terça-feira, 26 de maio de 2009

Você concorda com o Drauzio?!





DRAUZIO VARELLA - Folha de São Paulo - 11/04/09

Homens que são mulheres

A saúde pública não pode continuar dando as costas para essa minoria de homens.

DE TODAS as discriminações sociais, a mais pérfida é a dirigida contra os travestis.
Se fosse possível juntar os preconceitos manifestados contra negros, índios, pobres, homossexuais, garotas de programa, mendigos, gordos, anões, judeus, muçulmanos, orientais e outras minorias que a imaginação mais tacanha fosse capaz de repudiar, a somatória não resvalaria os pés do desprezo virulento que a sociedade manifesta pelos travestis.

Quem são esses jovens travestidos de mulheres fatais, que expõem o corpo com ousadia nas esquinas da noite e na beira das estradas?

Apesar da diversidade que os distingue, todos têm em comum a origem: são filhos das camadas mais pobres da população.

A homossexualidade é tão velha quanto a humanidade, sempre existiu uma minoria de homens e mulheres homossexuais em qualquer classe social; caracteristicamente, no entanto, travestis só aparecem nas famílias humildes.

Na infância, foram meninos com jeito afeminado que, se tivessem nascido entre gente culta e com posses, poderiam ser profissionais liberais, artistas plásticos, empresários, costureiros, atores de sucesso. Mas, como tiveram o infortúnio de vir ao mundo no meio da pobreza e da ignorância, experimentaram toda a sorte de abusos: foram xingados nas ruas, ridicularizados na escola, violentados pelos mais velhos, ouviram cochichos e zombarias por onde passaram, apanharam de pais e irmãos envergonhados.

Em ambiente tão hostil poucos conseguem concluir os estudos elementares. Na adolescência, com a autoestima rebaixada, despreparados intelectualmente, saem atrás de trabalho. Quem dá emprego para homossexual pobre?

Se para os mais ricos com diploma universitário não é fácil, imagine para eles. O máximo que conseguem é lugar de cozinheiro em botequim, varredor de salão de beleza na periferia ou atividade semelhante sem carteira assinada.

Vivendo nessa condição, o menino aprende com os parceiros de sina que bastará hormônio feminino, maquiagem para esconder a barba, uma saia mínima com bustiê, sapato alto e um bom ponto na avenida para ganhar numa noite mais do que o salário do mês.

Uma vez na rua, todo travesti é considerado marginal perigoso, sem nenhuma chance de provar o contrário. Pode ser preso a qualquer momento, agredido ou assassinado por algum psicopata, que nenhum transeunte moverá um dedo em sua defesa. "Alguma coisa ele deve ter feito para merecer", pensam todos.

Levado para a delegacia irá parar numa cadeia masculina. Como conseguem sobreviver de sainha e bustiê em celas com 20 ou 30 homens, numa situação em que o mais empedernido machão corre perigo, é para mim um dos mistérios da vida no cárcere, talvez o maior deles.

A condição de saúde dos travestis é precária. Não existe um serviço de saúde com endocrinologistas para orientá-los a respeito dos hormônios femininos que tomam por conta própria. Muitos injetam silicone na face, nas nádegas, nas coxas, mas sem dinheiro para adquirir o de uso médico, fazem-no com silicone industrial comprado em casa de materiais de construção, injetado por pessoas despreparadas, sem qualquer cuidado de higiene. Com o tempo, esse silicone impróprio escorre entre as fibras musculares dando origem a inflamações dolorosas, desfigurantes, difíceis de debelar.

Ainda os portadores do vírus da Aids encontram algum apoio e assistência médica nos centros especializados, locais em que os funcionários estão mais preparados para aceitar a diversidade sexual. Nos hospitais gerais, entretanto, poucos conseguem passar da portaria, barrados pelo preconceito generalizado, praga que não poupa médicos, enfermeiras e pessoal administrativo.

Os hospitais públicos deveriam ser obrigados a criar pelo menos um posto de atendimento especializado nos problemas médicos mais comuns entre os travestis. Um local em que pudessem ser acolhidos com respeito, para receber orientações sobre uso e complicações de hormônios femininos e silicone industrial, prevenção e tratamento de doenças sexualmente transmissíveis e práticas de sexo seguro.

A saúde pública não pode continuar dando as costas para essa minoria de homens, só porque eles decidiram adotar a identidade feminina, direito de qualquer um. Quem somos nós para condená-los?

Que autoritarismo preconceituoso é esse que lhes nega acesso à assistência médica, direito mínimo garantido pela Constituição até para o criminoso mais sanguinário?


Fiz os grifos apenas por conta do gênero das palavras, mas gostaria que dessem a opinião de vocês, pq considero o texto muito bom, apesar de ainda faltar conhecimento em relação a questões de gênero. Me digam meninas o que pensam sobre o discurso??!! Na foto, as meninas de Campinas no evento do Dia da Visibilidade Travesti, em janeiro! Beijos,

domingo, 24 de maio de 2009

Solidão... Dá um tempo....


Hoje o tema era bem terapeutico. Era uma oportunidade de abrir o coração e nos ajudarmos com nossas experiências.

Solidão é um tema difícil. Ninguém quer encarar de frente este sentimento que com certeza nos remete a dor.

O exercício proposto trouxe uma série de frases, famosas ou cotidianas, sobre solidão e os participantes tinham que recolher no máximo duas que lhes idicasse o momento em que estavam passando.

Neste primeiro momento, todos leram suas frases e disseram o pq haviam se identificado com elas. Em seguida, tínhamos que dizer com quem nos identificamos e trocar experiências pessoais.

Num terceiro momento, passamos a dar conselhos uns para os outros e finalizamos buscando responder a pergunta: como lidamos com a nossa solidão!!

Muitas são as alternativas para não se sentir tão só. Muitas vezes somos nós mesmxs que criamos muros ao invés de pontes, outras vezes precisamos de um tempo para nós e isso é super válido.

Muitxs de nós, ouvimos música, assistimos tv, lemos, criamos, escrevemos, aproveitamos o momento em que estamos sozinhxs para fazer algo, muito antes que a solidão chegue e se aloje. Por isso, procure um amigo, procure fazer uma coisa que normalmente não faria se estivesse com mais alguém e principalmente páre tudo e vasculhe o seu ser em busca de si mesmx.

Solidão... Dá um tempo....

Beijãooo, encontro com vocês na terça que vem!!

Travestis e Transexuais: essa mistura dá certo?!


Começamos a reunião dividindo em dois grupos. (É, está crescendo, tinha bastante gente!). O exercício era listar as diferenças e semelhanças entre Travestis e Transexuais. Os grupos em separado começaram a discutir suas idéias e óbvio, encontraram muitas dificuldades em rotular, generalizar, separar e definir as coisas.

Foi proposital não conceituar, pq para diferenciarmos duas coisas, precisamos saber o que são estas duas coisas. Resultado? Nenhum consenso sobre isso.
Porém, depois de muita discussão, chegamos a conclusão de que ambxs sofremos com o preconceito e queremos respeito. E sem sombra de dúvida, nos falta muito Repeito. E não é só o que vem das pessoas não trans, mas de todxs nós.

Se aprendermos a respeitar nossos sentimentos e compreender que os sentimentos alheios são diferentes dos nossos e respeitar isso, qualquer mistura dará sempre certo!!

Reunião muito, muito boa, agradeço muito por todxs que participaram!!

Beijos,

Pensem nas Crianças mudas telepáticas...

Acabei de ver uma matéria sobre uma criança Trans americana que passou na Rede Record, no domingo espetaculoso. Espetaculoso, pq mais sensacionalismo seria impossível. Assisti a matéria com muita dor no coração. Dor de saber que estamos muito longe ainda de nos compreenderem e nos deixarem sermos felizes.

Eu fui uma criança trans que encontrou nos pais um apoio. O que mais tenho ouvido das meninas e meninos que me procuram é "eu me sinto assim desde pequeno", ou "eu me sinto assim desde que me entendo por gente", ou mesmo "foi sempre assim". Ora, vamos parar de hipocrisia. Eu tive consciencia da minha condição feminina a vida toda e o fato de não poder me assumir mais cedo me trouxe tantos sofrimentos desnecessários e carrego traumas até hoje de tanta brutalidade e ignorância, até daqueles mesmos que, com discurso moralista e intensão de ajudar, acabaram de colocar mais uma pedra na porta do meu caixão íntimo.

Tenho certeza que temos várias Trans de 40, 50 anos, machos, casados e heteronormativos, morrendo de dor na consciencia e cheias de neuroses, por não ter conseguido se assumir e dizer o que realmente são. Imaginem o que é passar uma vida inteira mentindo para si e para o mundo, não podendo ser o que realmente é?! Difícil!! Altamente dolorido. Culpa, aberração... Não gente, fácil falar, dificil compreender...

Encontrei milhões de erros na matéria. Primeiro que não se trata de um menino que quer virar menina. Trata-se se uma menina trans, criança, que quer assumir seu gênero feminino. E ainda bem que essa mãe está sabendo apoiar, pois a pequena trans, cujo nome de batismo é Cameron, enforcou-se com um cinto por não poder assumir-se na escola como menina. Para ficar pior, outra criança trans, tbm de nome civil Cameron, suicidou-se pelo mesmo motivo, tudo nesta semana que passou. E ai gente?? Vamos continuar fechando nossos olhos? Ou vamos dizer que crianças de 10 anos não tem discernimento nem capacidade para cometer suicídio??


Cameron McWilliams cometeu suicídio pq queria se assumir menina e não podia.

Olha, que eu me lembre, pensei em me suicidar quase que diariamente. Não sabia como fazer isso, e tinha medo que não adiantasse, pq eu sou espírita e acredito na sobrevivencia do espírito. (Pior que viver aquele pesadelo, era viver no vale dos suicidas... enfim...), bem não me suicidei, mas também não vivi! Ainda bem que em casa brincava de bonecas e podia usar umas roupas de menina escondidas no meu quarto. Isso ameniza bastante a depressão. (Ou vão dizer que criança também não tem discernimento para sentir depressão?)

Fiquei perplexa com a idéia de que OPTAMOS, ou ESCOLHEMOS nossa sexualidade. Pelamordideus... Quando é que a gente vai parar com essa baboseira de achar que chegamos numa bela manhã de domingo e "ai, cansei, quero ser mulher". Não funciona assim, SEXUALIDADE NÃO SE ESCOLHE, SE DESCOBRE!! É muito fácil jogar uma responsabilidade deste tamanho para uma criança de 10 anos, dizendo que ela está optando por uma vida infeliz, quando na verdade ela está desesperada tentando sair da infelicidade que se encontra.

Se seu filho é uma criança muito afeminada, ou sua filha uma criança muito masculinizada, pode ser que ela seja um caso de Criança Trans. Que ela precise do dobro do seu amor e carinho e principalmente da sua compreensão. Pq é muito difícil para nossa cabeça compreender o mundo e os porques da nossa realidade incongruente.

Pare de se culpar e culpar a criança. Pare de colocá-la de castigo. Pare de gritar com ela, e principalmente de impor um universo do qual ela não faz parte e um gênero do qual ela não pertence, pq você estará criando um andróide, um mentiroso, uma pessoa infeliz! Sente para conversar com seu filho. Não consegue ouvir o que ele tem a dizer? Procure um profissional, procure o grupo de apoio como o nosso, você verá que a terapia maior é pra você que é mãe, que é pai, pq a criança apenas sente. O sofrimento dela é de NÃO PODER SENTIR e pior NÃO PODER SER! Não há culpados, é natural o que sentimos.

Por fim, fico arrasada com a escola que vetou a participação da criança assumindo o seu gênero. Uma escola religiosa. Isso me entristece muito, pq se Jesus voltasse a Terra, com certeza mais uma vez diria... Pai, perdoa, eles não sabem o que fazem!!

Beijos indignados,

Alessandra Saraiva,
Coordenadora Terças Trans.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

A Peculiaridade de Susan, A Feia


Todos viram na TV. Uma senhora com seus 47 anos, feia, gorda e que, sonhadora, pisou num programa de televisão para cantar e recebeu como boas-vindas uma saraivada de risos e comentários depreciativos. No minuto seguinte, colocou a todos de boca aberta, diante da sua voz incrível.

O fato fez-me pensar na pequenez do ser humano e mais propriamente na condição de nós transexuais. Não somos, na maioria das vezes, o exemplar padrão de mulher, por tantas e tantas questões – físicas ou estéticas – e por conta disto, colhemos tanto deboche social.

Que bom que a mesquinhez social vez ou outra leva seus escorregões, diante dos pré-julgamentos que escapam diante do que seria o padrão do bem-sucedido, do bem-apresentável.

A mim, é muito saboroso ver as pessoas tropeçarem em seus conceitos aparentemente estáveis. Incluo-me nisto também. È muito bom ver a des-montagem dos parâmetros que norteiam a noção de respeito ao outro.

E diante deste fato exemplar ocorrido com a Srta Susan Boyle, quão pequenos se tornam os “ajustes” de aparência que fazemos, os discursos de adequação estética que proferimos.

Fico aqui pensando EM QUÊ realmente eu devo me aplicar, para a celebração da minha feminilidade? Penso um pouco mais, e me vem à cabeça a alegria de ser autêntica e tipicamente eu mesma. Chego até a concluir, e concluo com tal realização, que devo sim me debruçar sobre o que eu tenho de peculiar – a minha capacidade, meu talento, um jeito especial para fazer muito bem determinada atividade.

E aí, eu me reporto a todas vocês. Longe de querer qualquer comparação, mesmo que vivamos expostas a isso o tempo todo, sejam AUTÊNTICAS. Exerçam satisfeitas, o direito de serem tipicamente o que são. O valor da peculiaridade é um atalho bem curto ao sucesso.

Beijos

Tânia Granussi
23/04/2009

QUER SABER QUEM É SUSAN BOYLE?
clique no link para ver o vídeo direto no You Tube
http://www.youtube.com/watch?v=xRbYtxHayXo

terça-feira, 14 de abril de 2009

REUNIÃO DE HOJE CANCELADA!!!




Bom dia a todxs,

Excepcionalmente hoje, dia 14 de abril, não haverá Terças Trans.

Devido a alguns problemas pessoais, precisei viajar para Manaus com urgência e estou com limitações no uso da internet.

Deste modo, não pude delegar a coordenação desta reunião a outra pessoa, como nos planos, surgindo então a necessidade de cancelar a atividade.

Estaremos reunidos no dia 28/04, data programada para próxima reunião.

Agradeço a compreensão de todxs e deixo meus abraços saudosos, aguardando vocês na próxima quinzena.

Atenciosamente,

Alessandra Saraiva
STT - APOGLBT-SP

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Cometário de Débora ao texto de Renata Rebello

Dando continuidade as discussões, segue um texto escrito por Débora - PE, dando sua opinião sobre o texto de Renata Rebello. Para saber mais sobre a discussão, veja o resumo da reunião do dia 17 - Prostituição e Democracia mais abaixo e se quiser participar, mande sua opinião para ser publicada no T-Log Interativo do Terças Trans!

Meninas,

Li o texto da Renata e o que posso dizer (além do que já expressei anteriormente sobre o tema da prostituição) é que uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. Uma coisa é a prostituição ser reconhecida como prática profissional, outra coisa é esse tipo de serviço ser oferecido no site.

Eu sou totalmente favorável ao projeto do Gabeira, mas eu não quero ver minha filha se prostituindo, como o Gabeira também não quer isso para a filha dele. Como já disse, a prostituição é uma prática desumanizante que transforma seres humanos em objeto de consumo. Eu não quero pra mim, não quero pra minha mãe, não quero pra minha filha e não quero para nenhuma de vcs. Desejo a todas nós as práticas profissionais que conduzem ao crescimento humano e não à vitrine do mercado de carnes.

Agora, quem quiser ser prostituta por opção ou necessidade tem mais é que ter o amparo da lei e todos os seus direitos garantidos! Só não banquem, pelamordedeus, a Sinhá Moça que acha feio fazer juízo de valor sobre a realidade que nos cerca. Isso é lindo na novela das seis, mas na vida real é o cúmulo da ingenuidade.

É legítimo fazer juízo de valor sobre as coisas, não se vive em sociedade sem isso. Juízo de valor é diferente de preconceito. Além disso, dizer que não devemos fazer juízo de valor já é em si mesmo um juízo de valor: o juízo de que tudo nos convém.

A Renata diz "além da prostituição, que outro cenário social dá às travestis a possibilidade da autoestima? Em que outro contexto uma travesti consegue obter um elogio, um simples carinho?". Meu anjo, desse tipo de carinho e elogio eu tou correndo. Auto-estima é querer ser tratada como gente. As vacas leiteiras premiadas também recebem muitos elogios e carinhos dos seus proprietários, pois são ótimas mercadorias. Esse é o lugar que lhes é conferido.

Por fim, não se misturam alhos com bugalhos. Uma farmácia vende medicamentos, não vende feijão nem pneus. E isso não é preconceito com os feijões e pneus, pois a farmácia tem seus produtos e serviços específicos. Nào faria sentido vender feijões e pneus na farmácia. Seria amador, ingênuo e demonstraria uma total falta de planejamtno do negócio. Se eu entrasse numa farmácia que vendesse, entre os medicamentos, feijão e pneus, não compraria medicamentos lá, nem que eu estivesse tendo um troço.

Só pra encerrar, não há porque termos horror ao mérito. Eu acredito muito no mérito e a universidade pública tem me ensinando o valor que o mérito tem. A universidade nào é o paraíso, tem seus problemas, seus vícios administrativos, suas panelinhas, mas na universidade a gente precisa ter mérito para conseguir as coisas. Quer uma bolsa de iniciação científica? Recupere as reprovações que constam no seu currículo! Quer apresentar um trabalho na semana da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência? Submeta seu trabalho à banca para aprovaçào ou reprovaçào. Quer expor os resultados da sua pesquisa como bolsista no evento do CONIC? Submeta o seu relatório final à banca para aprovaçào ou reprovaçào.

Não há razão para termos horror ao mérito e amor à coitadice, tratando as TS profissionais do sexo como coitadinhas que devem anunciar seus serviços no novo site senào morrem à míngua. Ora, o site é para oferecer serviços de profissionais que tenham formação em alguma área? Então pronto. Se o critério é esse, nào há pq oferecer sexo. Quer oferecer serviços no site? Então se forme em alguma coisa. O SENAC tá cheio de cursos! Ah! Mas tem o preconceito dos alunos, dos professores. Pois é, eu também tive que costurar um acordo com a universidade para manter minha identidade em sigilo, fui lá na direçao e dei a cara à tapa. Consegui o acordo e não tive que dar pra ninguém por conta disso. Tive que me expor, mas não morri. Tou vivinha. Ah! Também fui no exército tirar carteira de reservista pra fazer minha matrícula na faculdade. Vejam bem, eu, já toda mulher, tive que ir sozinha NO EXÉRCITO tirar carteira de reservista no ambiente mais homofó bico e transfóbico que se pode imaginar. E não morri. Então chega de amor à coitadice e tenhamos mais amor ao mérito, pois de coitadas nós nào temos nada. Aliás, um amigo meu sempre diz: "toda coitada é uma peste!"

Estabeleçam critérios para a oferta dos currículos, criem metas e não confundam democracia com a casa da mãe Joana.

É isso.
beijos,
Débora/Amanda