quarta-feira, 8 de julho de 2009

09.06.2009 - TRAVESTIS






















A reunião desta terça contou com a participação de Keila Simpsom, ex presidente da ANTRA - Articulação Nacional de Travestis e Transexuais.

A reunião começou com a pegunta: quem se sente/identifica como travesti?

Duas pessoas levantaram a mão e elas falaram o por que se identificam desta maneira e das suas experiências de como é assumir e ser travesti.

Quebrando todos os preconceitos e estigmas, nossas colegas demonstram o quanto ser travesti não está intimamente ligado ao fetiche, muito menos a marginalidade. Buscam explicar o quanto a construção do feminino pode se dar de maneira integral e gerar orgulho, mesmo que adimitam a presença constante da exclusão.

Keila contou de suas experiências de vida e de como superou muitas vezes o ataque da própria policia. Renatinha, também militante, contou da sua experiência de assumir depois dos 40 anos e como isso teve um impacto positivo na sua vida. Ambas tem orgulho de ser Travesti.

Ainda assim, fiquei perplexa de notar como no nosso grupo, que é um grupo relativamente grande, só temos duas travestis realmente assumidas, sendo que uma era convidada de fora do estado. Longe de discriminar quem quer que seja, usamos esta deixa para dialogarmos sobre a questão. Surgiu então uma discussão sobre o termo TRANSEX, super usado hoje em dia pela mídia e também a distância que existe do diálogo produzido pela militância TT e o usado pelas travestis em geral.

Quem seriam as Transex? Seria uma forma de burlar o preconceito e assumir uma identidade menos marginalizada do que o termo travesti? Seria uma indecisão da pessoa, quando ainda não sabe se é travesti ou transexual e neste meio-tempo se denominaria Transex? Ou seria uma influência midiática que cria um novo conceito do que é Travesti, ainda fugindo do estigma marginalizado e da prostituição?

Fica um assunto para ser comentado aqui no TLog.

Esperamos a participação de mais travestis no grupo, que possam dar suas opiniões sinceras e interagir com xs demais participantes. Só assim podemos compreender umas as outras e replicar nossas falas no sentido positivo, para que possamos viver em harminia e não em disputas que não nos levarão a nada.

Encontramos vocês no próximo!

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